quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Manifesto pela Unidade da Esquerda no Movimento Estudantil da UNIRIO

Nós, do coletivo Vamos à Luta, que fomos parte ativa da Primavera Carioca, da greve e das lutas que aconteceram nos últimos anos no movimento estudantil da UNIRIO, consideramos que os estudantes de oposição de esquerda ao DCE tem um desafio principal: tirar nosso DCE das mãos da reitoria, do governo, da direção majoritária da UNE e devolvê-lo aos estudantes, à mobilização e à luta estudantil. Entendemos que é fundamental o esforço de encontrarmos uma plataforma que nos unifique e construir a unidade da esquerda:

1 - Por um DCE anti-governista, de oposição de esquerda aos governos Paes, Cabral e Dilma (PT/ PMDB/ PCdoB). Enquanto o governo Dilma destina 47% do PIB para o pagamento de juros aos banqueiros, corta 5 bilhões de reais da Educação. Por isso, enfrentamos o governo na greve nas Universidades. Aqui no Rio, o prefeito Eduardo Paes já anunciou um novo aumento das passagens de ônibus e nossa tarefa é construir a luta contra esse aumento.

2 - Oposição intransigente à direção majoritária da UNE (PCdoB/ PT), que hoje também está no DCE. A direção da UNE hoje é um braço do governo Lula/ Dilma no movimento estudantil, defendendo todas suas políticas ao invés de estar ao lado dos estudantes. Por isso, 20 anos após o Fora Collor, prefere estar ao lado de todos os mensaleiros do governo do que lutando contra a corrupção. Fazem parte desse governo e por isso não tem condições de pautar a fundo as reivindicações dos estudantes, que se enfrentam diretamente com o governo do PT.

3 - Apoio às mobilizações da juventude e trabalhador@s de todo o mundo, que estão indignad@s com os cortes dos governos e vão às ruas em defesa da educação, por emprego, salário e direitos sociais. Somos parte da Primavera Árabe, dos indignados espanhóis, da luta dos estudantes chilenos.

4 - Por um DCE independente da reitoria. Acreditamos que a única forma do DCE de fato pautar as reivindicações dos estudantes frente à administração da Universidade é se não for atrelado e não tiver rabo preso com nenhum setor político da atual reitoria e das antigas administrações. 

5 - Por um movimento estudantil e um DCE combativo e protagonista de lutas e mobilizações pela imediata construção do bandejão, pela moradia estudantil, pelo reajuste e aumento da oferta de bolsas, por condições estruturais em todos os campi, pra barrar a EBSERH na UNIRIO.

6 - Pela democracia radical no movimento estudantil da UNIRIO, que se paute pela constante consulta às bases, com assembléias e CEB's.

Propomos uma plenária de toda a oposição de esquerda ao DCE, todos os setores, coletivos e Centros Acadêmicos, para construção coletiva deste projeto!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Serviço Social da UNIRIO paralisa devido ao descaso dos governos Lula e Dilma


Lívia Prestes – Coletivo Vamos à Luta

Priscila Guedes – Juventude da CST-PSOL

O curso de Serviço Social da UNIRIO foi criado em 2010 através do REUNI, projeto do governo Lula (PT/PMDB), que não garantiu nenhuma estrutura para o seu funcionamento. Toda a lógica do REUNI foi pautada por uma expansão sem qualidade, marcada pela precarização das condições de trabalho e estudo. O curso começou a funcionar sem nenhum professor efetivado, sem nenhum técnico-administrativo e sem sala para coordenação. Apesar da luta intensa que o curso vem travando com a Reitoria desde seu surgimento hoje - tendo 6 períodos -, ainda se encontra num quadro muito crítico: 6 professores efetivos e 7 professores temporários, não têm salas de aula, nem biblioteca. A Direção da Escola, a sala dos professores e o Centro Acadêmico funcionam no mesmo espaço.

Para agravar o quadro, a reitoria a mando do MEC irá romper o contrato de todos os professores temporários no meio do próximo semestre, o que implica em que o semestre irá começar, mas não terminar. Devido a essa situação de precarização e descaso total com a educação, o colegiado do curso decidiu paralisar suas atividades a partir do dia 21 de novembro, ou seja, não iniciar o próximo semestre enquanto não tiver a garantia de abertura de novos concursos e a permanência dos professores temporários até a efetivação dos concursados, a contratação imediata da Profª Paula Bonfim aprovada em concurso no ano de 2011, além da construção do novo prédio do CCH.

É importante ressaltar que a situação do Serviço Social da UNIRIO não está isolada. Faz parte do mesmo processo de precarização das Universidades implementado por Lula/Dilma; por isso muitos cursos no Brasil inteiro passam por situações semelhantes. Não é a toa que esse ano fomos parte de uma das maiores greves das Universidades. Uma greve contra o Reuni; contra a expansão sem qualidade e a precarização do ensino; contra os cortes de 5 bilhões de reais da Educação do governo Dilma. 

A carta da Comunidade Acadêmica de Serviço Social deixa claro que a saída para resolver nossos problemas é a mobilização: “Esperamos que estes e outros problemas sejam resolvidos o mais rápido possível, tendo a certeza que somente a mobilização e a luta de professores, estudantes, funcionários e comunidade acadêmica são capazes de consolidar uma universidade com a qualidade e o compromisso social de que o Brasil tanto necessita” (5 de novembro de 2012). Para isso necessitamos de entidades independentes da Reitoria e do Governo Dilma (PT/PMDB/PCdoB) e uma direção democrática e de lutas a frente dessas entidades.

Infelizmente, o DCE da Unirio hoje é alinhado à direção majoritária da UNE (PCdoB/ PT), que é o braço do governo no movimento estudantil. Em 2007, quando o Reuni era apresentado, mais de 30 reitorias foram ocupadas contra a expansão sem qualidade. A direção majoritária da UNE estava na contramão desse movimento e sua presidente, Lúcia Stumpf (PCdoB), acusava esses estudantes de "reacionários". E hoje, ao invés de se autocriticar e admitir que aqueles que ocuparam as reitorias estavam corretos, eles continuam defendendo a expansão via REUNI e enganam os estudantes sobre o real motivo da ausência de salas de aula, professores, biblioteca. Uma posição que também é compartilhada pelos diretores do Centro Acadêmico de Serviço Social que são ligados a UJS/PCdoB.

Por isso é imprescindível à participação e mobilização de todos os estudantes, precisamos que as entidades estudantis da Universidade travem uma luta junto com os estudantes, que combata essa precarização da educação que se agravou com o REUNI de Lula e denuncie o governo Dilma que corta bilhões de reais da educação para dar aos banqueiros e empresários.

Por concurso público para professores! Pela admissão imediata dos concursados! Pela permanência dos professores temporários até a admissão dos professores concursados!

Pela construção imediata do novo prédio do CCH! Por livros de SeSo na biblioteca!

Por expansão com qualidade! Chega de REUNI! Verbas para educação e não para o pagamento da dívida pública! 

Fortalecer a oposição de esquerda no DCE UNIRIO!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Primavera na Unirio

Manifesto do Coletivo Vamos à Luta para as eleições DCE UNIRIO 2012/2013



As eleições do DCE estão chegando e achamos que esse momento é privilegiado para debatermos! Somos do Coletivo Vamos à Luta e compomos a oposição ao grupo que atualmente comanda o DCE. Estivemos nas principais lutas da universidade no último ano, pois somos independentes da Reitoria e do Governo Dilma. Como militantes do PSOL, juntamente com milhares de jovens do Rio, construímos a primavera carioca com a campanha de Marcelo Freixo. Agora é hora de mudar a direção do DCE, organizando uma primavera na UNRIO. Afinal, nada deve parecer impossível de mudar!

2012 – um ano indignado
Fomos parte, em 2012, da maior greve da história das Universidades federais. Estudantes, professores e técnicos foram às ruas lutar em defesa da Universidade pública e contra o corte de verbas de 5 bilhões de Dilma que destina mais de 47% do PIB para os banqueiros. Ao invés de investir em educação o governo do PT/PMDB /PCdoB realiza expansão sem qualidade que não garante estrutura, assistência estudantil e precariza as condições de estudo e trabalho; falta reajuste salarial aos servidores e privatiza os hospitais universitários através da Ebserh. Enquanto se recusava a receber os grevistas, Dilma anunciava mais um pacote de privatização das estradas, o “kit da felicidade” de Eike Batista.

Nossa greve conquistou vitórias, como o reajuste do valor das bolsas, e por isso a luta tem que continuar!

No mundo inteiro, a juventude e os trabalhadores combatem os cortes de verbas do governo, as ditaduras, a falsa democracia dos banqueiros e as privatizações e tem se mobilizado e ido às ruas, como os indignados espanhóis, os estudantes chilenos em defesa da educação pública, as mobilizações no norte da áfrica, os estudantes em greve estudantil no Quebéc e a greve geral unificada na Espanha, Grécia e Portugal. Por isso cresce o questionamento as velhas direções traidoras, eleitoreiras e reformistas. Um exemplo é a derrota do Partido Comunista nas eleições dos DCE’s das principais universidades do Chile, visto que traíram a luta por educação gratuita.

Nada deve deter a Primavera Carioca
No Rio de Janeiro, vivemos a Primavera Carioca, que mobilizou a juventude e o povo em defesa de um projeto de cidade oposto ao de Eduardo Paes, das empreiteiras e das empresas de transportes. A campanha do Freixo e do PSOL, que juntou 15 mil pessoas num comício na Lapa, apontou uma alternativa ao projeto do Sérgio Cabral, da Dilma e do Paes. Fizemos uma campanha militante, sem financiamento de empresas, enquanto Eduardo Paes recebeu milhões da Fetranspor e das empreiteiras para comprar por meio do “mensalão carioca” as 17 siglas que o apoiam. Repetiu, assim, apenas a velha forma de fazer política de seus aliados. Não esquecemos que o PT e o PC do B, em São Paulo, aliaram-se a Maluf para vencer. Por seus compromissos com seus financiadores de campanha, Paes anunciou reajuste da tarifa de ônibus.

Somos parte da Primavera Carioca que na UNIRIO organizou o comitê de campanha mostrando que é possível fazer política de forma diferente. Nosso debate com Marcelo Freixo juntou mais de 400 estudantes sem ninguém receber um real para estar lá. Nossa tarefa agora é mobilizar contra o aumento da passagem de ônibus, em defesa do passe livre, mostrando que nada é impossível de mudar.

Não nos representam!
Este ano comemoramos 20 anos do Fora Collor, protagonizado pela juventude que pintou a cara e foi às ruas lutar contra a corrupção. Se em 1992 a UNE mobili-zava a juventude contra a corrupção, hoje é diferente. A direção majoritária da UNE (PCdoB/PT) tornou-se parte do governo e, em meio ao julgamento do mensalão, ao invés de mobilizar os estudantes para irem às ruas lutar contra a corrupção no país e pelo julgamento e prisão de todos os corruptos, a UNE se cala, porque é defensora dos corruptos, como o ex-ministro dos Esportes, Orlando Silva (ex-presidente da UNE e Ministro pelo PC do B), afastado do ministério devido às denúncias de corrupção. Uma vergonha para a história do movimento estudantil, que não pode mais contar com a direção majoritária para lutar. Além disso, outro dirigente do PC do B, o Aldo Rebelo, foi o relator das mudanças do código florestal para beneficiar o agronegócio.

Por isso durante a greve, os estudantes não aceitaram a direção majoritária da UNE no comando nacional de greve estudantil, porque não confiam numa direção que não luta contra os cortes de verbas, que mudou de lado e hoje recebe milhões de reais do governo em troca de seu silêncio e apatia, se tornando um verdadeiro braço do governo no movimento estudantil. Por outro lado, os estudantes também não aceitaram que outras entidades falassem em nome dos grevistas. Por isso a ANEL também foi impedida de negociar. Quem falou em nome dos estudantes grevistas foram os estudantes grevistas e seu comando de greve.

Na UNIRIO, o DCE é alinhado à direção UNE, e aos moldes da entidade nacional, prefere tomar cafezinho com a reitoria ao invés de mobilizar os estudantes. Durante a greve, o DCE desrespeitou as deliberações do comando de greve e também da assembleia estudantil.

Neste último ano o DCE UNIRIO não protagonizou nenhuma luta e tampouco movimentou os estudantes, porque prefere apostar nas conversas e acordos com a Reitoria. Prova disso é o nosso bandejão, que após anos de luta, teve suas obras iniciadas em 2011 e em 2012 está muito atrasado. O DCE prefere justificar e buscar os argumentos da reitoria ao invés de exigir agilidade e denunciar o atraso nas obras.

Nada é Impossível de Mudar!
A eleição do DCE será um momento importante para virarmos esse jogo! Não podemos admitir que a juventude da campanha do Eduardo Paes continue no nosso DCE. O DCE precisa estar à frente da luta contra o aumento da passagem anunciado pelo prefeito, não confiamos nos amigos do prefeito, do Reitor, do governador e da Dilma no nosso DCE, que precisa de independência frente aos governos e à reitoria para pautar suas bandeiras. A lógica da troca de favores só beneficia a reitoria, que disponibiliza estrutura para o DCE (como carros da universidade que buscam os estudantes em casa) se calar frente aos descasos com os estudantes.

Os estudantes da UNIRIO precisam do reajuste das bolsas para equipara-las ao valor do salário mínimo, de moradia estudantil, do término das obras do Bandejão, das reformas estruturais (IVL, CLA, IB), da construção do novo prédio do CCH. É necessário defender o HUGG e a barrar a política de privatizações do governo, como a EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) e para isso é necessário mudar radicalmente a política do DCE, que tem que sair do lado da reitoria e dos governos e ser devolvido aos estudantes.

Convidamos você, que construiu a primavera carioca, que esteve com o Freixo nas últimas eleições, que concorda conosco e acha que nada deve parecer impossível de mudar, para participar da reunião para construção da chapa de oposição ao DCE UNIRIO e realizar a Primavera Carioca na UNIRIO!

Reunião: 5ª feira, 08/11 às 17h na sala 205 do CCH – Urca


Nada deve parecer natural: Pela Auto Organização dos Estudantes EAD

Nos últimos dias, ocorreram Conselhos de Entidades de Base para definir o regimento das eleições do DCE. Defendemos nestas reuniões que os estudantes de Ensino à Distância têm muitas lutas para organizar e muitas demandas que não são atendidas. Por terem um funcionamento sob uma lógica distinta do ensino presencial, achamos que o mais legítimo e representativo para esses estudantes é que tenham uma auto-organização, composta por seus pares e que atue de forma autônoma e sempre que possível parceira do DCE, para mobilizar os estudantes EAD e garantir melhorias e conquistas para sua vida acadêmica.

Achamos que é falso dizer que os estudantes de mais de 20 polos EAD são representados pelo DCE, e o mais honesto com os mesmos, é incentivar que se auto organizem. Ninguém melhor do que os estudantes EAD para levantarem as bandeiras dos estudantes EAD.

Infelizmente a direção atual do DCE não está disposta a organizar essa luta e espalhou calúnias contra o Vamos à luta e o PSOL após a implosão do penúltimo CEB. Diante do impasse propusemos uma assembleia geral para definir a questão, mas a direção do DCE foi contra. Eles são anti-democráticos, não querem que a base decida sobre os rumos da entidade