segunda-feira, 25 de junho de 2012

Comando Nacional de Greve Estudantil realiza sua primeira reunião e define próximos passos da greve!


A primeira reunião do Comando Nacional de Greve (CNGE) aconteceu no dia 18/06 no Rio de Janeiro. Foi um momento rico com muito debate onde se acumulou muitas propostas que abrangiam três temas: Pauta de reivindicações da greve, funcionamento do comando e Calendário de greve.
Cada universidade trouxe sua demanda e percebemos o papel nefasto da política educacional dos governos. Desde o governo FHC, passando por Lula e chegando até a Dilma não há o aumento de investimentos necessários para a educação. O país nesse período cresceu economicamente, chegamos ao patamar de ser o 6º PIB do planeta, mas mesmo assim não vemos mudanças nos investimentos em educação, muito pelo contrário, assistimos cortes de verbas que já somam 5 bilhões em educação nos últimos dois anos.
O projeto do REUNI gerou ainda mais problemas já que para uma suposta “expansão” não se aumentava as verbas suficientes. Mas isso não é tudo. O projeto impôs metas precarizantes às universidades públicas, como: aumento da relação aluno-professor, ataques ao tripé ensino-pesquisa e extensão, diversificação da modalidade de ensino inaugurando os cursos de formação acelerada etc. Passados os 5 anos de implementação deste decreto, vemos que a expansão foi muito pequena, a pouca verba não chegou e se aprofundam os problemas nas universidades. Sendo assim, o balanço da implementação do REUNI é a greve de estudantes, funcionários e professores.
O governo em meio a greve ainda tenta votar no congresso o novo Plano Nacional de educação (PNE). Este PNE aprofunda a lógica do REUNI, aprofundando suas metas precarizantes, além de não mudar o patamar de investimento atual. É uma cara de pau propor pra daqui a 10 anos o que tinha sido prometido há 10 anos atrás no outro PNE. Ou seja, o novo PNE propõe apenas 7% do PIB pra educação em 2020, quando na verdade precisamos de 10% do PIB pra educação pública já.

Os estudantes de todo o país estão em greve e dizem...

- Chega de Reuni. Queremos expansão com 10% do PIB pra educação publica já!
- Pelo imediato reajuste da bolsa auxilio estudantil para o valor do salario mínimo. RU, moradia estudantil e creche universitária em todos os campi e sem trabalho terceirizado.
- Não ao PNE do governo! Por um PNE dos estudantes, professores e funcionários que rompa com a lógica de transferência de verba pública para o setor privado.
- Contra os cortes de verba na educação. Dilma a culpa é sua!

A greve não é de pijama: Chegou a hora de Ocupações, Passeatas e atos.
A imprensa não noticia a greve. O governo segue intransigente em negociar. Os estudantes estão na rua, com um calendário nacional unificado em defesa da educação. É isso que dará visibilidade e força a nossa greve.



Conheça o Comando Nacional de Greve Estudantil!

O CNGE se instalará em Brasília, com reuniões cotidianas, coordenará a greve nacionalmente e tentará abrir negociação com o governo. São atribuições do comando: centralizar as informações das universidades em greve, pensar atividades nacionais, dar os rumos da greve a nível nacional e buscar a unificação com o ANDES, FASUBRA e SINASEFE para construir uma pauta única e negociação conjunta com o governo. Manteremos um blog em constante atualização, além de uma página no facebook, além dos informativos periódicos.
É imprescindível que todas as universidades em greve ou em mobilização mandem representantes para o CNGE. A partir desse CNGE e com muita mobilização nas universidades, será possível garantirmos a vitória da greve.
Quem fala em nome dos estudantes em greve, são os estudantes em greve, por meio do CNGE. Nem a UNE nem a ANEL falam em nome dos estudantes em greve.

Como funciona o CNGE?

O Comando Nacinoal de Greve Estudantil funciona com representantes eleitos em assembleias de cada universidade e escola. Cada universidade ou escola em greve elege dois representantes. Universidades e escola em mobilização elegem um representante. As reuniões serão diárias em Brasília. O CNGE tem independência política e financeira em relação as reitorias e governos. Sendo assim, a greve estudantil tem que se autofinanciar a partir de campanhas financeiras em cada local.


 Texto retirado do Informativo nº2 do CNGE disponível na página do comando no facebook: https://www.facebook.com/greveestudantilnobrasil

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