Dilma, governadores e prefeitos
lançaram um pacto de 5 pontos que não resolve nada. Tudo para enganar e
desmobilizar o povo, que teria que aguardar os debates do Grupo de Trabalho
ilegítimo formado pelos governantes que elevam tarifas e reprimem nossa luta,
alguns dos quais envolvidos no esquema da DELTA. Rechaçamos esse pacto porque
mantém a política neoliberal, corrupta e privatista do PT, PCdoB, PDT, PMDB e
PSDB que gera a indignação atual. A voz das ruas não foi ouvida, por isso vamos
seguir mobilizados.
1) A “responsabilidade fiscal” atende aos banqueiros e ao
sistema financeiro, mantendo o que está em vigor desde os tempos de FHC e Lula.
Proposta elogiada no editorial do jornal O Globo, já que mantém o corte de
verbas nas áreas sociais, o arrocho salarial e as privatizações. Desse modo,
saúde e educação não vão melhorar. Hoje o governo investe menos de 5% do PIB na
educação, mas destina 47% para pagar os juros da dívida pública aos banqueiros.
enquanto a saúde recebeu apenas 4,17% do orçamento de 2012, os recursos para
juros e amortizações da dívida levaram 43,98%. Nossa proposta é outra: é
suspender o pagamento da dívida e destinar esses recursos para as áreas
sociais.
2) A reforma política é enganação, pois tanto a realização
do plebiscito quanto a realização da constituinte “especifica” passa pelo
congresso nacional do corrupto Renan Calheiros e pela Comissão de Constituição
de Justiça presidida por deputados mensaleiros condenados pelo STF. Esse
congresso de Feliciano, Maluf, Collor, Sarney, não tem legitimidade. Nós
queremos algo diferente: Para fazer uma reviravolta na vida política do país
devemos mobilizar para conseguir uma verdadeira assembleia nacional
constituinte livre e soberana, com permissão de candidaturas de indivíduos
independentes. Só assim debateremos uma mudança na ordem social, política e
econômica do país, reorganizando o Brasil a serviço dos trabalhadores e do
povo, mudança sem a qual a falsa democracia do poder econômico vai continuar.
Assim poderemos impor a revogabilidade dos mandatos, o salários dos
parlamentares, o fim do senado, a abertura do sigilo fiscal, bancários e
telefônico dos políticos.
3) Na saúde e educação nada de novo. Velhas propostas
questionadas pelos médicos ou pelo movimento estudantil não cooptado pelo
planalto. Não há recursos para formar novos médicos nas universidades públicas.
Vai seguir a privatização dos Hospitais Universitários e as Organizações Sociais,
o que prejudica a residência dos futuros médicos. As escolas e postos de saúde
públicos vão continuar sucateados. A proposta de utilização dos recursos do
petróleo é outra mentira. Quando a medida foi apresentada no ano passado já
vimos que apenas uma parte dos rendimentos dos royalties iria para educação (o
que depende de aprovação no congresso). Nós lutamos para cancelar os contratos
com a Copa da FIFA e empreiteiras e para que a mesma quantia gasta nesses
mega-eventos seja imediatamente aplicada nesses dois setores.
4) Na mobilidade urbana repetiu-se velhas propostas do PAC e
projetos de infra-estrutura para a Copa que não saíram do papel. Mantém-se a
lógica de desonerações de imposto aos empresários do transporte que sempre saem
lucrando até mesmo quando reduzem a tarifa. Estivemos nas ruas para mudar isso:
abrir a caixa-preta dessas empresas, que financiam campanha dos políticos e
massacram o povo.
Nossa pauta:
1) Combater o ajuste fiscal e mudar a política econômica: Suspender o pagamento dos juros aos
banqueiros, realizar uma auditória e destinar os recursos para as áreas
sociais, sobretudo saúde e educação! Fim do superávit primário!
2) Dinheiro pra saúde
e educação, não pra Copa! Ruptura com a FIFA! Auditoria de todos os contratos com a FIFA e empreiteiras! Fim da
privatização da saúde e educação! Que a mesma quantia gasta na Copa e
Olimpíadas seja investida imediatamente nos hospitais e escolas públicas!
3) Fora Feliciano,
Fora Renan e Cadeia para os mensaleiros! Plebiscito para decidir a
revogabilidade dos mandatos, o salários dos parlamentares, o fim do senado, a
abertura do sigilo fiscal, bancários e telefônico dos políticos.
4) Que a redução da
tarifa seja paga pelos empresários, não pelo povo! Auditoria de todas as
empresas concessionárias do poder publico! Apoio
a iniciativas como a CPI do transporte do Rio! Revogação dos contratos,
municipalização do transporte com passe-livre para estudantes e desempregados!
Imposto aos grandes empresários e políticos destinando esse recurso ao
transporte público e estatal!
5) Contra a repressão de Dilma, Governadores e Prefeitos!
Liberdade aos presos políticos e arquivamento dos processos! Retirada das
forças nacionais dos estados!
Direção majoritária da UNE reúne com Renan Calheiros
Não nos representa!!!
A direção majoritária da UNE
(PCdoB/PT, mesmo grupo do atual DCE-Unirio) reuniu semana passada com o Renan
Calheiros e afirmou que o “Fora Renan” não é pauta da entidade. É importante
lembrar que o Renan foi ministro durante os governos Collor e FHC, renunciou
durante o mandato de Lula por denúncia de corrupção e hoje faz parte do governo
Dilma (PT/PMDB/PCdoB). Mais uma vez, a entidade está na contramão das milhares
de pessoas que foram às ruas no país inteiro exigindo o “Fora Renan” e que
assinaram petições online através das redes sociais.
Não é à toa que as mobilizações
que varreram o país durante o mês de junho e agora entram em julho passam por
fora dessa direção majoritária; pois a juventude não confia mais numa direção
que prefere estar ao lado de Renan do que ao lado dos estudantes. Que trai a
luta das juventudes para defender os governos. Uma direção que há um mês
convocava a juventude pra trabalhar de graça pra Fifa como voluntária da Copa porque
o Ministro dos Esportes é do seu mesmo grupo político, Aldo Rebelo do PCdoB (o
mesmo que relatou o código florestal). Aliás, o ex-presidente da UNE, Orlando
Silva, era o Ministro dos Esportes, que caiu por conta dos escândalos de
corrupção no ministério. Por isso, essa direção majoritária da UNE quer que
essa Copa dê certo e assim como o DCE-Unirio não vê contradição entre os
investimentos da Copa e mais dinheiro pra saúde e educação; não estiveram
presentes aqui no Rio nos atos contra a privatização do Maracanã e na final da
Copa das Confederações.
Nós do coletivo Vamos à Luta e da
juventude da CST-Psol, que compomos a oposição de esquerda na Une e somos
oposição ao DCE-Unirio, defendemos a auditoria de todos os contratos com a Fifa
e as empreiteiras. A direção majoritária da UNE o DCE-Unirio não nos
representam!
11 de julho, a CUT tem que convocar GREVE GERAL!
Exigimos das centrais sindicais,
fundamentalmente da CUT, a absoluta autonomia do governo e a convocação de uma
greve geral para o dia 11 de julho. Os servidores públicos federais votaram uma
paralisação nacional para este dia. É importante que os sindicatos organizem
assembleias e exijam da CUT e demais centrais que neste dia paremos o país,
convertendo o dia 11/07 numa poderosa greve geral, com atos nos estados para
derrotar o pacto e toda a política do governo e avançar em nossas
reivindicações. Na Unirio, defendemos que os estudantes votem paralisação
estudantil nas assembleias de curso e na assembleia geral dos estudantes dia
10/07.
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